Qual mãe nunca se viu numa situação constrangedora quando o filho resolveu dar um verdadeiro espetáculo? Quem nunca passou pelo clássico “show de birra” no mercado ou até dentro de casa, levanta a mão e agradeça! 😅
Brincadeiras à parte, a maternidade traz muitos desafios e, sem dúvida, lidar com a birra é um dos maiores. Afinal, por mais que tentemos nos preparar, a verdade é que nunca estamos totalmente prontas para essas explosões emocionais dos pequenos.
De onde vem essa lembrança
Quando penso na minha infância, lembro que, sempre que eu não atendia prontamente aos comandos da minha mãe, era certo que o chinelo entrava em ação (risos).
Minha mãe nunca teve muita paciência e, para falar a verdade, também não tinha tempo. Sendo mãe solteira, tinha que trabalhar muito para me criar. Além disso, antigamente não se falava sobre “educação positiva”, “escuta ativa” ou “acolhida dos sentimentos”. A regra era simples: as crianças tinham que obedecer e ponto final.
Entre diálogo e imposição
Hoje, como mãe de dois meninos (um de 6 anos e outro de 4 anos), percebo que transito bastante entre o diálogo e a imposição. Confesso que esse tema é justamente o ponto onde mais busco evoluir, porque, de fato, as birras ainda são o que mais testam a minha paciência.
O meu caçula, por exemplo, costuma ter mais episódios de resistência aqui em casa.
Um exemplo real
Quando peço para ele tomar banho, a resposta geralmente vem na ponta da língua: “Eu não quero, eu não vou!”
Imediatamente, sinto meu sangue subir e a vontade de recorrer ao chinelo vem à mente. Porém, respiro fundo e tento usar outras estratégias que, felizmente, funcionam muito bem.
Estratégias que funcionam aqui em casa
1. Transformar em brincadeira
Procuro transformar o momento em algo divertido, dizendo que ele está ficando “fedorento” e que precisamos cuidar da higiene todos os dias.
2. Conversar sobre escolhas e consequências
Explico que ninguém gosta de ficar perto de pessoas que não se cuidam. Assim, ele entende que suas escolhas têm impacto não só nele, mas também nas pessoas ao redor.
3. Dar poder de escolha (dentro do limite)
Esse é o ponto que mais valorizo: oferecer a ele o poder de decisão. Digo:
“Ou você vai para o banho sem reclamar, ou ficará de castigo.”
Dessa forma, ele percebe que existe espaço para escolher, mas também entende que toda escolha traz uma consequência.
Vida real x teoria perfeita
Gostaria de dizer que apenas um abraço e palavras doces já seriam suficientes para resolver tudo. Mas eu vivo no mundo real, com filhos que choram, reclamam e testam os limites todos os dias.
Por isso, acredito que o segredo está em equilibrar carinho com firmeza.
Conclusão
Tomar o controle da situação e ditar as regras da casa é essencial para que a criança perceba a consistência da educação.
Precisamos, sim, respirar fundo e lembrar sempre aos nossos filhos quem são os pais e quais são os limites que devem ser respeitados. Só assim eles crescem entendendo que amor e disciplina caminham juntos.