O fim de semana chega e, junto com ele, aquela dúvida clássica entre os pais: como entreter as crianças de forma saudável, longe das telas? Depois de uma semana intensa, cheia de atividades, trabalho e rotina apertada, tudo o que a maioria dos adultos quer é descansar um pouco. Mas com filhos em casa, é difícil relaxar quando os pequenos começam a se entediar.
E o mais comum nesses momentos é recorrer ao caminho mais fácil: liberar o tablet, a televisão ou o celular por horas e horas. Embora os eletrônicos possam, sim, ter um papel educativo e até útil em algumas situações, o excesso é prejudicial e cada vez mais especialistas alertam para os efeitos nocivos no desenvolvimento emocional, comportamental e até físico das crianças.
Então, o que fazer? A resposta está em algo simples, antigo e poderoso: o planejamento. Assim como qualquer outra área da vida que queremos que funcione bem, os finais de semana com crianças também pedem organização e intenção. Quando você já tem ideias em mente, tudo flui com mais leveza – e as telas deixam de ser o “plano automático”.
A importância do brincar: por que vale a pena investir tempo fora das telas?
Brincar não é apenas uma forma de distração. É por meio da brincadeira que a criança:
Desenvolve habilidades cognitivas e motoras;
Aprende a lidar com emoções;
Exercita a criatividade e a imaginação;
Cria memórias afetivas profundas;
Aprende a respeitar regras e o outro.
Além disso, brincar com os pais ou com irmãos fortalece laços, melhora a comunicação e aumenta o sentimento de segurança e pertencimento da criança.
Resgatando brincadeiras da infância: diversão garantida sem precisar de internet
Lembra daquelas brincadeiras simples que marcaram nossa infância? Elas continuam sendo valiosas! Além de não precisarem de tecnologia, essas atividades ainda estimulam o movimento, o raciocínio e a socialização. Aqui vão algumas ideias que você pode aplicar no fim de semana:
⭐ 1. Esconde-esconde
Clássica e amada por crianças de várias idades. Estimula a paciência, a estratégia e o autocontrole.
⭐ 2. Amarelinha
Ajuda na coordenação motora, equilíbrio e ainda gasta bastante energia.
⭐ 3. Jogo da memória
Você pode usar cartas prontas ou criar o seu próprio jogo com desenhos feitos à mão. Excelente para concentração e foco.
⭐ 4. “Quente ou frio”
Esconda um objeto pela casa e guie a criança até ele usando as dicas de “quente” (quando está perto) ou “frio” (quando está longe). É diversão garantida e cheia de risadas.
⭐ 5. Jogos de tabuleiro
Os clássicos como “Uno”, “Banco Imobiliário”, “Damas”, “Ludo” ou “Jogo da Vida” continuam encantando. Além de entreter, eles ajudam no raciocínio lógico, reforçam o aprendizado de regras e desenvolvem o espírito esportivo.
⭐ 6. Dominó
Ajuda a criança a reconhecer padrões, contar e comparar. Um jogo simples, mas cheio de aprendizado.
Dica de ouro: defina horários e tenha um plano B
Ter horários definidos para certas atividades (como jogo, leitura, brincadeiras e descanso) ajuda a criança a ter previsibilidade e segurança — além disso, também ajuda os pais a não se sentirem perdidos ou sobrecarregados.
Um bom exemplo seria:
Manhã: brincadeira ao ar livre ou jogo de tabuleiro;
Tarde: oficina de arte, leitura ou cozinha divertida (fazer um bolo juntos, por exemplo);
Noite: jogo da memória em família, seguido de um momento de leitura tranquila.
E claro, tenha sempre um plano B. Pode ser uma caixa de jogos guardada para momentos especiais, livros com histórias interativas ou até um passeio inesperado no parque da vizinhança.
Mais do que ocupar o tempo: criar conexões reais
É muito comum ouvirmos que “não dá tempo” de brincar ou de fazer tudo isso com os filhos. Mas a verdade é que não precisamos de um dia inteiro disponível. Muitas vezes, 15 a 20 minutos de brincadeira ativa e dedicada já transformam o humor da criança e da casa inteira.
Quando nos entregamos à presença com os nossos filhos — mesmo que por pouco tempo — eles se sentem vistos, ouvidos e amados. E esse é o tipo de atenção que nenhuma tela do mundo consegue substituir.
E as telas, então?
Telas não precisam ser vilãs, mas devem ocupar o papel certo na rotina. Que tal usá-las como último recurso, depois de um dia cheio de atividades significativas? Ou então escolher conteúdos específicos para assistirem juntos, criando um momento em família em vez de apenas entregar o celular?
Com equilíbrio, criatividade e carinho, é possível transformar os finais de semana em momentos memoráveis — com menos eletrônicos e muito mais conexão.
E aí? Qual brincadeira você vai resgatar neste fim de semana? Conta nos comentários ou compartilhe essa lista com outras mães! 💛